sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Riozinho em foco

Vamos conhecer mais um pedacinho do Rio Grande do Sul?
Riozinho
Uma cidade pequena, calma, rodeada por morros e que se organizou nas margem do rio e por isso recebeu o nome  de Riozinho pelos seus colonizadores. Um rio pequeno,mas que quando chove vem com tudo  devido a topografia. Estamos localizados na encosta da Serra Geral, na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Nossa população é de 4.463 habitantes (censo 2008), distante 110 Km de capital. Somos formados por várias etnias como ìndios, italianos, poloneses, húngaros e mestiços.
Riozinho é uma cidade de interior que possui ploblemas também. Hoje, acredito que seja as vias de acesso, devido as pontes que pelo tempo de uso e falta de conservação foram interditadas.

É neste espaço que se concentram vários órgãos públicos como a Prefeitura Municipal, temos também a Delegacia de Polícia, Um Centro Odontológico, o Posto de Saúde, o Ginásio de Esportes Ribeirinho e a Escola de Educação Infantil. Em frente temos uma pracinha, canteiros  e o Hospital Nossa Senhora do Rosário que e administrado pelas Irmãs de São Camilo e atendem pelo SUS. . Elas possuem também o Lar dos idosos.
Na rua lateral a Prefeitura temos um clube que este ano comemora 60 anos de existência, chama-se Esporte Clube Independência e que já foi palco de muitas conquistas no esporte. Os jovens tinham necessidade e gostavam do esporte, então um grupo de amigos fundaram o clube em 1951. Foi muito trabalhoso, pois no local havia um banhado e toda a comunidade se envolveu na construção. Após alguns anos  o Sr. Abel Pretto doou o terreno para o clube que foi seguido pelos outros proprietários.

Riozinho é dividido pelo Rio e a ponte que dava acesso, com mais de 100 anos está interditada vão iniciar a contrução da ponte nova, sendo que a atual ficará tombada como patrimônio histórico.
Na outra avenida situa-se a única Escola Estadual de Ensino Médio João Alfredo, com 77 anos de trabalho na educação da comunidade. A escola passou por várias etapas e mudanças até os dias atuais.
Possuímos 8 escolas municipais, sendo que 5 são em zona rural. As escolas municipais e a escola estadual oferecem vagas a toda clientela.
Quase em frente a escola temos uma das casa mais antigas do lugar e conservada, é a moradia da família de Dona Albina e Abel Pretto (ambos falecidos). Esta família guarda como memória e lembranças um acervo muito grande de documentos e objetos antigos, é uma relíquia o que eles possuem para a história da comunidade. Seu Abel era um visionário, como diz sua filha. Ele pensava longe, elaborava projetos como o do Conduto e era muito ativo na comunidade. Ele faz parte dos fundadores da primeira escola de Riozinho, hoje a Escola E. de Ensino Médio João Alfredo.
Atualmente Riozinho possui  escolas municipais de ensino fundamental, sendo que depois os alunos vão para o Ensino Médio no João Alfredo. A escola consegue atender todos os alunos interessados.

                                        
Nossa comunidade tem a religiosidade muito presente desde a sua colonização. Cada comunidade tem sua capela com um santo de devoção e a Paróquia fica no centro do município, como também a casa canônica.
No início eram apenas capelas de madeira, mas que aos poucos foram sendo substituídas. Ainda temos 3 capelas de madeira no interior do município. Temos festas anuais e várias outras promoções onde a comunidade participa. O sino chegou em Riozinho em 1923 e até hoje toca em 3 horários do dia e a igreja possui um alto falante que anuncia avisos  de interesse da comunidade.

Igreja Nossa Senhora do Rosário, em foto e um desenho feito por artista uruguaio publicado na Zero Hora, Segundo Caderno do dia 11 de agosto de 2009.
Esta capela localiza-se no Paredão e o sino com suporte de madeira foi conservado.


As atividades econômicas secundárias são: Indústria metalúrgica, madeireiras/esquadrias e calçadista.
Nosso município emancipou-se de Rolante à 23 anos e todos os anos é comemorado seu aniversário,  com a Festa das Etnias em 10 de abril.
Referências bibliográficas:
- PRETTO, Marlene. Aspectos históricos e geográficos do município de Riozinho. 1.ed. Porto Alegre: FTD, 2009.88p.
- GARCIA, Nathália. Riozinho: Traspuesto de un estudio para un retrato común. 3.ed. Porto Alegre: Fundação Bienal do Mercosul, 2009. 60p.
- Imagens Rosa Maria Morschel Smaniotto Acervo pessoal

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A natureza

As belezas naturais são destaque da cidade, contamos com aproximadamente 14 quedas d'água, junto a Mata Atlântica e a Serra. Estas belezas naturais são um convite à exploração de trilhas, rios e  cascatas. No verão as pessoas podem desfrutar de águas límpidas e piscinas naturais, porém a altitude  da região serrana durante o inverno, com baixas temperaturas chega  até nevar.
Para quem ama a natureza, aprecia a tranquilidade e vem para respirar o ar puro, se extasia na beleza e nas paisagens que encontra em Riozinho. Também está inserido em uma das áreas de grande valor ecológico: a Reserva da Biosfera da Mata atlântica, considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO. Na fauna são encontrados espécies como o bugio ruivo, jaguatirica, o veado mateiro, a lontra e a iguaninha.

Todo passeio pode ser prazeroso e tranquilo, porém deve ser planejado, em alguns lugares os caminhos estão com buracos e são estreitos, sendo que os rios também podem ter armadilhas, sendo que devemos respeitar e tomar as devidas precauções.
Muitas pessoas praticam esportes radicais como rappel, montain bike, motos, cavalgadas e caminhadas.

Um evento que gostaria de chamar atenção é para a Cavalgada M'Bya Guarani que acontece à 9 anos, no primeiro semestre. Um evento humanitário que integra famílias, pessoas que gostam de cavalos de municípios da região. É feita uma arrecadação de alimentos e roupas que são doados ao cacique e este distribui aos índios.
                                                http://inema.com.br/mat/idmat026351.htm/
 


Pontos Turísticos mais visitados:
Cascata do chuvisqueiro
A cascata tem uma queda d'água de 70 m  que espalha gotículas de água numa área de 100 m de distância. Possui área para banho, camping e um bar precário. A profundidade do poço é a causa de alguns afogamentos, principalmente por visitantes que desconhecem o lugar.
O que chama a atenção é o arco-íris, que todas as de tardes de sol se forma próximo as pedras.

Parque Municipal do Conduto

Situa-se à 3 Km da sede, possui área para camping e alojamento.As atrações são um aqueduto de 1,8 Km de extenção, é patrimônio histórico e arquitetônico de 1945. Possui também pequenas cachoeiras, piscinas naturais propícias para o banho, trilhas na mata e passagem pelo rio, não há ponte. Deve-se tomar cuidado com as cheias do rio e a profundidade das piscinas. O lugar é impressionante.      
                                                             http://rsmc.vilabol.uol.com.br/condutos2.html 
A construção do conduto é parte da história do município, uma obra que para a época (1944), estava muito a frente de outras construções.
Por incentivo do governo os agricultores começaram a plantar o trigo, uma variedade que se adaptou bem ao clima da região. Surge então outra dificuldade, precisavam transportar o trigo a Porto Alegre para moer.
Foi então que o Sr. Abel Pretto teve a idéia de construir o moínho, atendo as necessidades dos colonos. Ele havia estudado no Colégio Marista em POA, portanto tinha um conhecimento de física que outros moradores não tinham, juntamente com o marceneiro Adelino Mázera iniciaram a construção do aqueduto. Arroios foram represados para criar um reservatório, e um sistema de vasos comunicantes foi criado. O canal  de 1.800 m foi construído para levar a água a uma turbina, movida pela força da água, gerava energia para se distribuída na vila e mover o moinho.
Criaram a Agro-Moageira Riozinho S/A, tendo inclusive uma filial em Porto Alegre.
As pedras para a construção da base foi retirada do próprio paredão, os tijolos para acabamento e a construção do prédio foram fabricados por uma olaria da própria empresa. A energia produzida iluminou a vila por muitos anos e impulsionou o progresso industrial do local. Cidades de maior porte ainda não possuiam energia elétrica.
Referências bibliográficas:
- PRETTO, Marlene. Aspectos históricos e geográficos do município de Riozinho. 1.ed. Porto Alegre: FTD,2009. 88p.
- SANTOS, Wilson. Imagens do Sul: Serra e vale do Paranhana. 4.ed. Porto Alegre: Nova Prova.
- Imagens Rosa Maria Morschel Smaniotto Acervo pessoal

Indústrias rurais


Baixe Logo Natu...jpg (82,0 KB)Esta empresa localiza-se à 3 Km do centro de Riozinho e trabalha com plantas medicinais da localidade,  planta, faz secagem, prepara e embala os produtos. Trabalha também com temperos e ervas.

                                               Cogumelos Terras Altas
Localiza-se à 2 Km do centro na estrada do Arroio do Tigre. Esta empresa cultiva o Champinon-de-paris. Oferece produtos in natura e em salmoura.
Referência bibliográfica:
- Imagens Rosa Maria Morschel Smaniotto Acervo Pessoal

sábado, 24 de setembro de 2011

Videiras e agricultura

      Riozinho está situado na Serra Geral, com relevo acidentado e também com muitas pedras, dificultando o trabalho agrícola com máquinas. É comum vermos nos dias de hoje o arado puxado a bois arando a terra para a cultura de milho, feijão, cebola e outros. As pedras foram e são utlizadas para construção de taipas que servem primeiramente para limpeza do terreno, sustentação das parreiras e proteção.

 

Videiras verdejantes e taipas construídas pela família que se orgulha de nos apresentar sua nova construção. Novas espécies de uvas e novas esperanças, conhecimento e sabedorias daqueles que vivem na área rural de Riozinho e com descendência italiana.





Fiquei impressinada com esse colorido que se misturava ao azul do céu, eram as flores da cebola.
Quantos questionamentos poderíamos fazer ao agricultor que ara sua terra, onde produz seu sustento e luta para manter os mesmos costumes de seus antepassados?


 Imagens Rosa Maria Morschel Smaniotto Acervo pessoal

domingo, 4 de setembro de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cibercultura

Cibercultura e os povos do campo

A tecnologia e os meios de comunicação têm um papel de destaque nas transformações sociais. Nas sociedades urbanas, isso se mostra mais visível, já nas comunidades rurais são mais lentas. As ações e tecnologias na zona rural estão em processo de transformação, devido a fatores tecnológicos e socioeconômicos.
Com o avanço da tecnologia digital que hoje, está presente na vida da maioria das pessoas, a cibercultura ganha espaço e assim pode facilitar a educação em muitos lugares até mesmo os mais difícieis.
Ainda não se pode dizer que os povos do campo vivem o momento da cibercultura, mas tudo indica que com o avanço que deve continuar, em pouco tempo isso se tornará uma realidade para todos os povos, facilitando o aprendizado, a comunicação e a interação de modo geral.
Na realidade que vivemos e conhecimentos adquiridos, os povos do campo vivem em tempos de cibercultura, uns com mais e outros com menos, mas todos são beneficiados. Estamos todos envolvidos nas novas tecnologias e precisamos nos adaptar a elas.Dependendo das condições destes povos, dos valores, do seu envolvimento com a realidade, eles tem mais ou menos participação na cibercultura.
Acredito que na nossa realidade a maioria não vive esse momento de interação, prevalecendo os meios de comunicação de massa.
Mas de uma forma ou de outra a cibercultura está afetando essas comunidades rurais, a partir do momento que fazem uso dos recursos, resultados ou compartilhamentos de novas ideias veiculadas neste meio.
A cibercultura possibilita através do ciberespaço o acesso ao mesmo tempo de vários indivíduos interagindo, trocando informações através da tecnologia digital, possibilitando a autoria, a coletividade, a participação, a modificação, passando de expectador a autor e participante, possibilita aprender e ensinar ao mesmo tempo.
Acredito que haja dificuldade maior para os povos do campo em relação a cibercultura, talvez por falta de recursos e oportunidades que possibilitem essa interação.
Os benefícios para os povos do campo seriam inúmeros a serem listados. A cibercultura está chegando e afetando os povos do campo, ainda de uma maneira muita lenta, está se transformando e crescendo, mas para que isso aconteça de uma forma mais rápida e segura, nós professores nas escolas devemos preparar e orientar essas crianças, filhos dessas pessoas, para que entendam e compreendam que estas tecnologias digitais e essa cultura digital é muito importante para eles.
A cibercultura promove a facilidade e com os povos do campo não é diferente, basta, porém, que essas pessoas busquem a atualização e se adaptem a essa forma de comunicação e interação que facilita o dia-dia.
Segundo Pierre Lévy, o avanço tecnológico e o aperfeiçoamento do conhecimento informático possibilita a relação entre cibercultura e educação, baseada no acesso as ferramentas de informática utilizadas nos processos educativos.
O Licenciado em Educação do Campo, até por ter uma educação a distância, é forçado de certa forma, a interagir e aprender as técnicas da cibercultura, essa educação faz o aluno buscar o saber e assim desenvolver o que aprende da mesma maneira que ele aprende ele vai buscar meios para ensinar os métodos com que aprendeu.
O professor pode se beneficiar do uso da cibercultura por ter adquirido o conhecimento do uso dessas ferramentas para a prática educativa, desenvolvendo projetos e construindo conhecimentos. É uma pratica crescente a olhos vistos que os alunos se fascinam, mas deve ter presente um professor tutor, para compartilhar e opinar sobre os trabalhos.
O professor pode ser um canal, levando a esses cidadãos um caminho para chegar esses recursos. Os alunos podem levar a seu grupo familiar os conhecimentos construídos e um possível intercâmbio dessas informações entre as famílias.
Os alunos devem ter um professor tutor com discernimento entre as falsas informações.
O mais importante é formar cidadãos que desenvolvam o censo crítico para construir um conhecimento responsável e comprometido com seu povo.

domingo, 3 de abril de 2011

Comunicação e Educação

Comunicação e Educação
Os hábitos mudaram. Já faz algum tempo que não faço uso do correio para enviar uma carta para um parente distante. As pesquisas foram trocadas da enciclopédia para os sites. O texto foi digitado ao invés de manuscrito. Poderíamos listar muitos hábitos que foram mudados.
Nos últimos 30 anos, as novas ferramentas tecnológicas foram introduzidas no nosso dia-a-dia de forma muito rápida. Isso exige que toda a sociedade procure se interar e se qualificar para atender as necessidades.
O professor que é o mediador precisa se aproximar, sem medo de se arriscar, conhecer e aos poucos dentro do seu planejamento ter aulas mais dinâmicas e participativas e que podem ir além das paredes da sala de aula, das paredes da escola, que podem ir pelo mundo.
Os professores estão vulneráveis, precisam ser fortalecidos, ser mais esclarecido no uso de recursos, não apenas passar informações, deve ser mediador e se colocar ao lado do aluno.
Na era digital, informamos, configuramos, criamos, salvamos e partilhamos experiências com pessoas próximas ou não.
O uso de novas tecnologias é estímulo permanente para os alunos pesquisarem e construírem suas produções.
Como já foi dito anteriormente, as novas tecnologias estão inseridas em nosso dia-a-dia.

Pensamentos

"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre tem dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo."
Rubem Alves

terça-feira, 29 de março de 2011

Vídeo do lugar onde eu moro

História do lugar onde moro


História do local onde vivo
                                                                                                          Moro no município de Riozinho, localizado na região da Encosta da Serra Geral, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Em 09.05.88 emancipou-se de Rolante tornando-se oficialmente município.
 É considerada uma área de grande valor ecológico, da Mata Atlântica, com cerca de 80% de área preservada e bastante acidentada.
Por volta de 1875, vieram para Riozinho, várias famílias de imigrantes húngaros poloneses, suecos e prussianos, somando ao todo cerca de 200 famílias.
Em 1980, vieram famílias de descendentes italianos e alemães. Além desses colonizadores acima citados, temos os índios que ainda se encontram no interior do município, pertencentes aos guaranis.
Riozinho é uma cidade típica de interior, seu desenvolvimento não foi e nem é tão rápido como as outras cidades. Temos realizadas várias conquistas, mas tudo com muito sacrifício. Temos belas e raras cascatas e cachoeiras com uma paisagem exuberante.
No inverno muitas vezes chega a nevar.
A religiosidade foi e continua sendo um ponto muito forte em Riozinho, desde os primeiros imigrante  sempre trazendo uma fé muito forte e erguiam uma capela na lugar que se fixavam.
O nome Riozinho vem de um pequeno rio existente na localidade que a divide em duas partes.
Riozinho é um lugar muito bom de morar, calmo e de pessoas hospitaleiras.

segunda-feira, 21 de março de 2011